Tumor de pele se caracteriza pelo crescimento anormal das células da pele, podendo ser benigno ou maligno.
As chances de desenvolver tumor de pele se tornam maiores com o decorrer dos anos, principalmente nos casos de excessiva exposição ao sol sem proteção, tabagismo ou predisposição genética.
O que são tumores benignos?
São nódulos formados por tecidos cutâneos que crescem e invadem os tecidos vizinhos ou outros órgãos sendo inofensivos à saúde. Muitas vezes os tumores benignos se apresentam como manchas, pintas, verrugas ou elevações na pele.
Alguns tipos de tumores benignos podem desenvolver para tumores malignos como é o caso da Ceratose Actínica e do Corno Cutâneo. Por outro lado alguns tipos não se tornam malignos, como o Angioma, que surge devido ao acúmulo anormal de vasos sanguíneos na pele.
Como é feito o diagnóstico?
Normalmente é feito através de inspeção e apalpação do local, porém em alguns casos, se permanecerem dúvidas, o médico opta por uma biopsia, que é a extração completa ou de parte (caso seja pequena) da lesão para análise em laboratório. Esse procedimento é importante, já que alguns tumores malignos podem apresentar características semelhantes às de tumores benignos.
Como é feito o tratamento?
A maioria dos tumores benignos são inofensivos ao corpo, portanto não necessitam de tratamento, porém em alguns casos, como a infecção do mesmo, ou o risco de evoluir para um tumor maligno, ou ainda o incômodo estético que podem causar, esses tumores são retirados cirurgicamente ou destruídos através de técnicas como crioterapia (aplicação de frio através do uso de nitrogênio ou neve carbônica) por exemplo. A escolha da técnica ira depender das características do tumor.
O que são tumores malignos?
Tumores malignos são os cânceres de pele, responsáveis por 30% dos diagnósticos de câncer e ao contrário dos tumores benignos, podem causar metástases. Os tipos mais comuns são os Carcinomas basocelulares e Espinocelulares.
Pessoas com peles claras, com sardas e olhos claros e que se expõem muito ao sol tem mais chances de desenvolver esse tipo de câncer.
Como saber se tenho câncer de pele?
Existe um exame chamado ABCDE que permite identificar sinais de um possível desenvolvimento do câncer a partir da observação das manchas e pintas buscando pelas seguintes características: assimetria da lesão, borda irregular, cor (variação de cores na mesma mancha) e diâmetro maior que 6 mm. Verrugas que crescem também podem ser sinais de um câncer de pele.
Apesar de ser possível detectar essas alterações em casa, o diagnóstico médico é imprescindível, já que nem sempre alterações de sinais são câncer.
É importante observar todo o corpo (inclusive atrás das orelhas e plantas dos pês) em frente ao espelho pelo menos 1 a 2 vezes por ano em busca de manchas, sinais, pintas ou elevações que tenham tido variações, seja na forma, tamanho ou cor, ou ferimentos que não cicatrizam após um mês. Uma boa forma de fazer esse monitoramento é fotografar a mancha para acompanhar seu desenvolvimento. É importante ressaltar que os tumores malignos também podem causar alterações em pintas já existentes.
Como é feito o tratamento?
Após o diagnóstico realizado por um profissional através do exame ABCDE, ou se ainda restarem dúvidas, deverá ser feita uma biopsia da lesão. No caso de não ser um câncer, é possível realizar o tratamento através de comprimidos ou pomadas.
São várias as formas tratamento para o câncer, como a cirurgia excisional (retirada do tumor com bisturi), criocirurgia (destruição do tumor por meio de congelamento com nitrogênio líquido), quimioterapia, radioterapia ou imunoterapia. A escolha de uma ou mais irá depender do tipo de câncer de pele e do seu estado, mas qualquer tratamento será mais eficaz se o câncer for descoberto e tratado precocemente. E neste caso, mesmo que não seja possível alcançar a cura, será possível melhorar as condições e aumentar a expectativa de vida do paciente.
Como prevenir?
A maioria dos cânceres de pele está relacionada com a exposição ao sol, por isso é importantíssimo evitar a exposição ao sol entre 10 e 16 horas, usar protetor solar (com proteção UVA e UVB) diariamente (mesmo em dias nublados) e com FPS 30 no mínimo, uso de chapéus e óculos escuros sempre que se expor ao sol. Pessoas de peles claras, ruivas, com sardas, que possuem histórico de câncer de pele na família, queimaduras de sol ou muitas pintas devem tomar cuidados redobrados.
Lembrando que fazer a análise periódica da pele e consultar um dermatologista ao menos uma vez ao ano é primordial para detectar um câncer em estágio inicial assim tornando o tratamento muito mais eficaz.
Você sabia?
O melanoma representa menos de 3% dos cânceres de pele, porém é o responsável pela maioria das mortes por câncer de pele.